3 de agosto de 2014

Já estou a postos para o dia.
Venha a tua vigília, a tua provocação,
o silêncio interpretativo do repouso
do caracol recolhido em sua casa,
do caminho esquecido em seu musgo....

Move-se o galho em minha sacada
para o canto do pássaro que agora voa.
Destravam-se os ferrolhos
ao que agora em si o canto se descasa.
De desperdício nem o da luz
que o corpo de um homem não antepara.

Corteja em mim a claridade,
a espera pelo que invada
a estrada de visgo em minha porta,
em minha linha do tempo.
Estou pronto para a invasão do que vive.

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