Um poema dedicado a mim no Facebook, belo poema neobarroco, do potiguar Lívio Oliveira
Lugar-abismo
(Lívio Oliveira)
Cavalgo o meu corcel fantasma
penetro as capoeiras profundas
o jogo do tempo me alia ao sono
vislumbro antepassados tortos
e o sangue gela em chicotadas
cordões de umbigos amarrados
feridas se rompem em mais mágoas
as cabanas queimadas e o choro
de uma criança perdida ao sol
as nuvens correm lá no azul e venta
e ostenta o tempo um cálice vazio
o lábio seco a língua seca o olho
que fecha e vê por dentro o rombo
o sangue no embornal o ventre arrancado
fera ao redor aguarda e o bico afia
o corte prepara e lança com olho rútilo
não há senha da volta ao fogo outro
o frio domina e escurece alma e cala
tem que ser o que aqui se esgrime:
espinhos e adagas e furam e cortam.
(Lívio Oliveira)
Cavalgo o meu corcel fantasma
penetro as capoeiras profundas
o jogo do tempo me alia ao sono
vislumbro antepassados tortos
e o sangue gela em chicotadas
cordões de umbigos amarrados
feridas se rompem em mais mágoas
as cabanas queimadas e o choro
de uma criança perdida ao sol
as nuvens correm lá no azul e venta
e ostenta o tempo um cálice vazio
o lábio seco a língua seca o olho
que fecha e vê por dentro o rombo
o sangue no embornal o ventre arrancado
fera ao redor aguarda e o bico afia
o corte prepara e lança com olho rútilo
não há senha da volta ao fogo outro
o frio domina e escurece alma e cala
tem que ser o que aqui se esgrime:
espinhos e adagas e furam e cortam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Salomão Sousa sente-se honrado com a visita e o comentário