Por que não espionam
e grampeiam a poesia?
A estas horas a
cidade dorme
e a grande potência
não envia o relatório
sobre a importância da irradiação
do ozônio cordial da vizinhança
Aguardamos que o
silêncio
não seja o espião na esquina
´mas só a aspa do
canto do pássaro
‘a aspa da pipa em modelagens no ar
Por que não quebram
a criptografia da zorra e da fome?
Por que não grampeiam os motores?
os decibéis? a máscara? o ruído?
Só agora descobri seus blogs e vou acompanhar. Obrigada pelo livro que me deu de presente em seu aniversário, tem um poema que ficou sendo meu preferido: O tronco só para pesseio (p. 183). Adorei conhecê-lo. Também tenho um blog, mas só para anotar meus sentimentos, não divulgo muito. Abraço. Paula Cristina
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