Belo o filme sobre o poeta armênio Sayat Nova (A cor da romã, do russo Sergei Paradjanov), que viveu entre 1712/95! Cansou-se da vida palaciana e, depois da morte da mulher, retira-se para o monastério de Haghpat, onde é aceito como monge. Quando os persas atacam o monastério, pedem a ele para renegar Cristo, mas é decapitado ao apresentar resposta negativa. Legou muitos cantos em armênio, georgiano e turco. Charles Aznavour gravou uma de suas canções. Consegui apenas alguns versos esparsos para deixar aqui, retirados de um blog argentino (os versos são de suas várias canções, odes, sei lá). Há livros dele em francês.
Não padecerei neste mundo,
pois para mim és vida.
És uma taça de ouro
cheia da água da imortalidade.
Antes, indica-me meu delito,
em seguida, mata-me.
Para mim tu és Sultan e Khan.
Tens o talhe de um cipreste, de um plátano.
A razão fugiu de minha cabeça,
és uma vide num novo jardim.
Um hipogrifo saído do mar de fogo.
És a flor vermelha e o branco musguet
dos vales para mim
Sou um pássaro num país estrangeiro,
e tu, uma gaiola dourada.
Não basta uma safra, senão há a esterilidade. A poesia é meu território, e a cada dia colho grãos em seus campos. (Linoliogravura do fundo: Beto Nascimento
14 de fevereiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
RETRATO, poema de Antonio Machado
Traduzi para meu consumo o poema "Retrato", do espanhol Antonio Machado. Trata-se de um dos poetas de minha predileção, assim como...
-
A um olmo seco Antonio Machado A um olmo velho, fendido pelo raio, e pela metade apodrecido, com as chuvas de abril e o sol de maio, saíram...
-
O processo de editoração é dinâmico, também. Os livros de poesia devem se aproximar da visualidade das páginas da internet. Papel que reflit...
-
Se eu e Ronaldo Costa Fernandes soubéssemos que não mais teríamos oportunidade de voltar a encontrá-lo, não ficaríamos ali estáticos na Livr...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Salomão Sousa sente-se honrado com a visita e o comentário