Será a bandeira da pose amarela
o bem-te-vi na ponta da piteira
A sua geografia ao longe
em luares espalmados de besouros
O suicida se esquece em meus braços
A sua geografia de lutas secas
ainda que se enfureça quase dentro
em cio
exangue e em fúria
um touro ou traça
O suicida amontoa cobre nos pulmões
telas de vidro
bestas famintas de mofo cítrico
Não entende que são reais
os pulgões que o comem pelas bordas
Sem nada para compreender
não lhe resta para comer
nem besouros ou libélulas
A geografia do suicida
não assinala nenhum luar de festa
@ Salomão Sousa
Não basta uma safra, senão há a esterilidade. A poesia é meu território, e a cada dia colho grãos em seus campos. (Linoliogravura do fundo: Beto Nascimento
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